segunda-feira, 24 de novembro de 2008

just another day/ turn around









que tem este dia de mais amargo?! segunda feira e depois?! ja o foi outras tantas semanas, é apenas mais uma segunda feira....
não. é mais outra segunda feira, aquela em que o tempo parece demorar a passar..
aquela em que tudo aborrece e tudo faz força para que custe ainda mais e seja dificil aturar...


aquela em que tudo conspira, não para resultar mas para aceitar da forma que é, esquecendo aquilo que eu tinha traçado para ser...


peço e desejo que passe tão rápido quanto chegou, afinal foi mais um fim de semana que deixou nostalgia e que não queria que se perdesse por mais outra segunda feira...


sabes o que digo? e o que sinto?


fazes-me falta a cada segunda feira menos fácil.


sinto a tua falta quando lembro que me trazias um mimo e eu deliciava-me com pouco ; )


fazes-me falta quando quero apenas sentir-te junto a mim e me deixas mais segura.

fazes-me falta quando quero ouvir uma palavra de apoio

fazes-me falta, simplesmente por não te poder dizer que sinto mesmo a tua falta...


fazes-me sempre falta....




queria poder dizer-te que por tudo o que quis fazer e quis mostrar, nunca houve tempo suficiente nem palavras existentes, nem sítios inexplorados possíveis, ou dias longos e curtos, para representar aquilo que significas para mim e principalmente aquilo que sou. porque me fizeste acreditar que haverão muitas segundas feiras, mas apenas uma em cada semana...



o meu pensamento: vive um dia de cada vez, o amanhã terá um novo amanhecer






quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sin miedo a nada- alex ubago e amaia montero






não desejo mais do que aquilo que está ao meu alcance,
lembro do que cheguei a querer e a exigir,
mas hoje sei que nada disso consegui ter,
pois não consegui ver aquilo que já tinha.
agora só quero uma coisa, simples e por vezes complicada
ser feliz...

"amar às vezes faz doer...

amor faz-me pensar em ti..."



torradas com geleia -Margarida Rebelo Pinto

Quando te fores embora, não faças barulho. Prefiro não saber, não te ouvir, não sentir ao olhar a tua sombra na parede e perceber que pode ser a última vez que a luz desenha o teu perfil aquilino, metade pássaro, metade imperador. Prefiro não saber que partes, porque ao menos assim, não choro a tua ausência, porque não me foi anunciada.
E se não fizeres barulho e eu continuar adormecida, no dia seguinte vou imaginar que acordei em um outro lugar, que entrei numa dimensão desconhecida, que mudei de nome e de coração e que, como nunca te conheci, não posso chorar a tua perda. Prefiro que partas de noite, quando os espíritos inconformados e sem pátria descem à terra à procura de uma alma distraída, porque assim não te vejo a olhar para a cama, a parar os ponteiros do relógio para guardares para sempre na tua memória o nosso último momento.
Sempre imaginei que partirias assim, e quanto mais me dizes que me amas e que sou a mulher da tua vida, mais me convenço que estou certa e que pode ser isso mesmo, um dia te podes levantar da cama, a meio da noite, fugindo para sempre do teu ninho, só porque tens medo de nunca mais o conseguir abandonar. Disse-me outro dia um amigo, sábio nos mistérios dos corações dos homens, que os homens têm medo das mulheres que amam. E têm medo que elas os traiam. E têm medo de ser felizes ao lado delas. E que a culpa manda no medo, manda na vontade, manda acima do desejo e do sonho, que a culpa é que decide e sabe e marca todos os passos.
Se voltar à terra, numa outra vida, talvez Deus me faça homem em vez de mulher e então pode ser que perceba esse medo tão estranho e absurdo que os homens parecem ter das mulheres. Talvez perceba porque é que tantos desistem daquela mulher mesmo sabendo que é aquela a que eles mais amam e exactamente por isso mesmo a deixam. Talvez entenda porque se afastam dos filhos quando são ainda pequenos, porque rejeitam as mães que sempre os protegeram, porque preferem a guerra, o poder, o cheiro das armas e da luta à doçura de um serão à lareira com chá de cidreira e torradas com geleia. Se Deus me fizer um dia homem, talvez entenda a culpa, o peso da honra, o esforço das lágrimas invisíveis, o torpor surdo depois de um murro no estômago e outras coisas de rapazes, como as praxes, as partidas, as jantaradas de grupo e as despedidas de solteiro.
Mas enquanto isso não acontece, deixa-me dormir com a porta do quarto aberta, porque é por te amar tanto que aceito que um dia poderás partir e acredita que se o fizeres, posso até aceitar, mesmo que nunca te entenda.
É que o amor é mesmo assim, saber aceitar é o seu primeiro segredo. E os outros vêm a seguir.

pensamentos























(fotos by me)




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

porque me apetece e preciso....


















porque tenho saudade e preciso sentir-te....













Pedra Filosofal -António Gedeão

"Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."
consultei o meu livro da vida,

na esperança que me indicasse,

qual a forma possível de seguir em frente,

mas afinal estava em branco...

nem uma página estava escrita.

compreendi então o que me quis dizer,

não existe "regra" nenhuma a seguir,

apenas terei que ser eu a encontrar

a melhor maneira de continuar,

este meu livro da vida.

terei de ser eu a escreve-lo,

só mais tarde poderei consultar,

(quando já estiver noutro presente)

e queira recordar o dia

em que tive dúvidas

e quis que as esclarecessem para mim.

poderia consultar várias pessoas,

cada uma tem a sua opinião e visão diferentes.

mas as decisões, as minhas decisões

terão de ser tomadas por mim.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

na terra dos sonhos

"Sabes, quando me sento na mesa de vidro para limpar a alma e chegar ao mundo com as minhas palavras, penso muitas vezes em ti. Estás nos discos que oiço, no ar que respiro e vejo-te à janela, a fumar num cigarro e a namorar a lua. O Jorge Palma canta-nos ao ouvido coisas lindas que falam de ti e de nós e eu sorrio na minha solidão povoada porque sei que nunca mais me vou sentir sozinha, mesmo que estejas do outro lado mundo à procura dos teus sonhos e distraído com outras raparigas que não fazem a mínima ideia quem é o Jorge Palma, nem de que côr pode ser o céu em Portugal quando imita as barras das casas do Alentejo.
Andas por aqui, às vezes vejo-te a abraçar-me com cuidado enquanto escrevo, ou a aconchegar-me o lençol até ao pescoço, momento exacto que antecede a paz do sono perfeito. Depois sais sem fazer barulho e metes-te outra vez no avião e eu fico a ver-te voar, e no dia seguinte acordo como se o mundo começasse outra vez.
É bom ter-te na minha vida silencioso e secreto, qual Jeremias Fora-Da-Lei, guardado nas palavras dos poetas, como quem vive na cartola de um ilusionista, como quem escolheu o seu lugar do lado de fora. E eu sou a rapariga do trapézio que te vê acima do mundo, enquanto a vida me leva e traz as coisas boas e más, num movimento suave e perpétuo do qual nunca quero descansar...
Ou então, quando as luzes se apagam e as palmas descansam no silêncio merecido, estás ali ao lado e, sem fazer barulho, tapas-me a boca e mostras-me outra vez os movimentos do trapézio em terra e é então que me crescem umas asas e dou muitas voltas no ar, como se fosse uma bola, de repente saio do meu corpo e as nossas almas dão as mãos e transformam-se num ente aparte, que nos faz ser só um por breves instantes, e é a isso que os deuses chamavam eternidade.
Pois é, pois é, há quem ande escondido a vida inteira, mas adoro o teu andar inseguro e o sorriso no teu olhar, porque tu despertaste em mim um ser mais leve e mesmo que tenhas as duas almas em guerra e não saibas quem vai ganhar, eu sou a tua estrela do mar e eu sou essa miúda que te faz acreditar que o sol é um presente que a aurora traz principalmente para ti.
Na terra dos sonhos podes ser quem tu és, agarras-te à hora em que o tempo não passou e juntos inscrevemos no espaço um novo alfabeto. Já passaram mil anos sobre o nosso encontro, mas o tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, porque não há passo divergentes para quem se quer encontrar e enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar. E mesmo que me tenhas ensinado a partir nalguma noite triste, eu ensinei-te a chegar e pus-te a salvo para além da loucura e ensinei-te a não esquecer que o meu amor existe." Margarida Rebelo Pinto

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

um segredo fechado -classificados




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