não foi para comemorar o dia mas já tive o meu beijo hoje. soube a pouco claro, quero mais, muitos mais. o meu problema é sempre o mesmo, querer sempre mais. nunca me satisfaço com o que tenho e procuro mais, só que nem sempre consigo, ou melhor ultimamente não tenho conseguido mais... as minhas acções são consoante a minha consciência dita, raramente é consoante o coração. já li, num livro, e já me disseram que é preciso agir segundo aquilo que o coração nos diz e poucas vezes será a razão a falar mais alto, mas eu raramente sigo o coração. muitas das vezes, ou seja todas elas, deixa-me assim o coração apertado, magoado, triste pois o que ele quer mesmo não é o que eu decido fazer. precisamente por ser o mais correcto. e tento ser sempre assim, correcta. mas acabo sempre por perder. desta vez tem sido assim, acho que faço o correcto apesar de ter o coração apertado e triste, a decisão essa eu gostava mesmo que fosse outra. de qualquer das maneiras acho que saía a perder :( começou algo assim do nada, foi engraçado e bonito, mas agora não pode passar por mais fase nenhuma enquanto não estiver tudo no seu devido lugar. o meu lugar tem sido aqui do lado de cá sem muita reação, à espera do tal dia decisivo mas que me parece cada vez mais longe. vou vivendo um dia de cada vez mas sempre com uma esperança que desta vez será de vez. assim pequenina pequenina, mas alguma esperança ainda. e é disto que sai daqui, no dia internacional do beijo falo de tristezas. falo dos 2081klm que me separam de uma pessoa de quem tenho imensas saudades. falo da pessoa que estando comigo neste momento, não está propriamente comigo e que me faz sentir saudades mesmo assim. da pessoa que decidiu não fazer mais parte da minha vida e que até me esqueço que existe por vezes, que cobra algo que também não dá....
(imagem retirada da net)
Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono
Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo
Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída
Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio
Chico Buarque